quinta-feira, 15 de agosto de 2013

MEMÓRIAS DE MIM


  Aqui estão as minhas memórias. Estão em pó de violeta ligeira: esqueço-me inutilmente em datas e nomes. O nome é persistente que deixa a minha mão entre as pedras e a árvore de família, e o meu rumo perene é contra o vidro. A minha infância tão perto, num jardim imenso a onde a grama ainda canta, e a onde muitas vezes a minha cabeça descansa, ao meu lado e de repente os arbustos dão sombra, finjo que estão sempre a nascerem. Quando ligo de novo e agora na parede o poste; tudo continua sempre o mesmo.
  
    Aqui se apresenta o meu domínio de adolescente e pálido. As planícies  para os meus pés são caçadores aos molhos da regusidade dos cardos, e as geadas memoráveis da Aurora. São lindas e antigas as terras a onde nasci, é nevoeiro em lágrimas, lembro-me da neve? Então há muito tempo, como o meu cabelo cresceu desde então! No entanto ainda visto as flores efémeras do meu peito. A minha testa se inclina sobre o céu, que tanto brilha e fica claro. Porque as minhas memórias  voltam juntas como Deus no seu mundo, para uma passagem que eu sempre queria.

   Lembro-me ainda da neve? Qual delas é hoje por detrás dos murros incertos da minha morada, é de ferro e de flores! Abandono a minha juventude que tem a forma do teu corpo. Agora sinto a falta do meu silêncio, que é teimoso de mais, a tua pele tão sombria como um país de pétalas  mas só em cinza. Depois de olhar através do tempo sinto uma Infinita paciência de formigas, mas são solitárias ruínas  Espera, espera meu coração não quer enfrentar o frio tímido da neve ou de um sono recente.
  Mais uma vez e, novamente o meu coração. Houve o toque inconfundido do ranger das portas e, é a mesma solidão. É o grito da minha avó; é a mesma solidão que não mente. É o destino deste meu longo olhar para as minhas mãos, até que fique velho. São as minhas memórias ou as minhas lembranças.

A MINHA MEMÓRIA

Poderia prender-me ao infinito…
Dos anos que restam de mim;
E com a força da minha raiva:
São partículas que se quebram na lápide.
E eu tenho a sensação de que a morte…
Nos meus olhos negros da vida quebrada;
Ela quer renascer na luz:
Que inunda a cada amanhecer.
Eu quero sentir-me pássaro distante…
Que no sol do horizonte começou;
E acredito que o brilho do orvalho sobre o musgo:
É o anúncio da luz da tua presença.
Eu quero fugir da paisagem dum vazio…
E a tua figura no ar em torno de mim;
E ela se quebra em sorrisos e surfar das palavras:
Para parar o cantar da vida.
Eu quero apenas a lembrança do teu olhar…
E na vida o começar de um novo rumo;
Eu quero guardar na memória as claridades:
Lá longe do centro da Terra.
E desfrutar o seu cheiro e espaço da vida…
Onde agora é o vazio de tua ausência;
O meu amor é sentido, irreal da própria ausência:
Perdido nos meus sonhos e fantasias…
São as mentiras e solidão;
Após a morte da tua memória:
São as memórias de mim.

Autor: Santa Cruz (Diácono Gomes)

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

PRINCEPE ENCANTADO

  Hoje o meu príncipe faz três anos, és para mim, o príncipe mais belo o meu príncipe encantado, és muito belo e muito esperto, és alegria eterna da minha alma e do meu doce coração. Gonçalinho como eu te adoro e fico feliz quando tu me dizes, anda avô Manel vamos brincar com os carros, avô tu brincas com o faísca Mcqueen, e com o carro de corrida brinca o menino. Em bela a hora que tu vieste ao mundo, porque vieste trazer mais felicidade aos teus pais e aos teus avós.
   
    Gonçalinho meu pequeno príncipe, és o ser e a flor mais bela do meu eterno jardim, és alegria dos teus pais e avós, és uma bela flor a crescer neste jardim, dos meus amores da qual tu fazes parte, trago-te no meu coração, a cada dia que passa ficas mais belo, e mais esperto como é bom ter-te em casa junto de mim, esta casa torna-se mais alegre e muito mais bela porque tu és uma felicidade de menino, como eu te adoro ver sentado à mesa a comer por tua mão, hoje tu ainda não compreendes a felicidade que vai no meu coração, mas um dia quando fores mais crescido vais compreender, porque o teu avó não é eterno.

    Meu príncipe encantado já se passaram três anos, desde o dia em que tua mãe te deu a Luz, foi nessa bendita hora que vieste à luz do dia, que vieste encher a casa dos teus pais e avós de alegria. Esta data já mais será esquecida, vais continuar a ser e, serás para sempre o meu belo príncipe encantado, Porque, és o meu primeiro neto e já mais te poderei esquecer. Feliz aniversário e que esta data se repita por muitos e muitos anos, mesmo que eu já tenha partido deste mundo nunca te esquecerei e no dia que eu fizer essa longa viagem, levar-te-ei dentro do meu pobre coração.   

O MEU PRÍNCIPE

Gonçalinho!
Hoje faz três anos…
És o meu lindo neto:
Luz enviada do céu;
Que me contagia de alegria.
És o meu lindo neto…
O meu príncipe encantado;
Com as tuas mãos delicadas:
Fazes caricias inocentes,
E ternas de amor.
És o meu lindo neto…
O beijo mais desejado;
És a estrela mais brilhante:
Que ilumina os sentimentos,
Da minha doce alma.
És o meu neto a minha ilusão…
És a mais bela canção;
És a minha vida vivida:
És o palpitar do meu coração.
És a minha luz…
Minha doçura em beijos desejados;
És a minha alma e a minha canção:
Que eu tanto tenho amo.
És e serás para mim…
 O meu príncipe encantado.

Ó AVÔ MANEL

Ó avô Manel...
O que estás a fazer;
Dá-me a tua mão:
Vamos para a janela ver.
Vamos para a janela ver...
Os carros a passar;
Ó avô Manel a marca deles:
O menino te vai falar.
Ó avô Manel...
Vamos brincar com os carros;
Tu brincas com o Faísca Mcqueen:
Com o carro de corrida brinca o menino:
Ó avô Manel...
Ó meu avozinho:
Vem brincar com o menino;
Porque não quero estar sozinho.
Ó meu lindo neto...
O avô vai brincar com o menino:
Porque quero estar sempre a teu lado.
Ó avô Manel...
Ó meu avozinho:
O menino gosta muito de ti;
Dá-me cá um beijinho.
Ó meu lindo neto...
Ó meu príncipe encantado;
Toma lá um beijinho:
Por ti muito desejado.

Autor: Santa Cruz (Diácono Manuel Gomes)